On File - Review do Concerto em Vigo
Desta feita a comitiva lusa seria muito reduzida (dois Oi! Boys e duas Oi! Girls), o que até acaba por se compreender dado duas ou três semanas antes terem tocado na mesma cidade e sala os míticos The Templars e alguns tugas se terem deslocado até lá.
O tão ansiado dia lá chegou e com ele os típicos atrasos e tragédias de última hora. O plano inicial era arrancar de Lisboa por volta das 8.30 da manhã e seguir de comboio até Coimbra onde a turma ficaria completa e de onde seguiríamos viagem de carro até à Galiza. De referir que apenas arrancámos de Lisboa por volta das 11.40, chegando à cidade dos estudantes por volta da hora que tínhamos estipulado para estar a chegar ao nosso destino… De resto a viagem fez-se bem, nas companhias do costume: geleira, gelo e umas Sagres. (Tuga Style 1ª parte).
Ao chegarmos a Vigo rapidamente nos instalámos e em vez de ir recarregar baterias para a grande noite que se avizinhava, fomos tratar de abrir as hostilidades com a cerveja local (Tuga Style 2ª parte). O contacto com pessoal de pouco cabelo começou logo aí.Tratou-se da imagem, do estômago e lá seguimos até ao concerto (Tuga Style 3ª parte).
Ao entrar deparamo-nos com uma realidade à partida decepcionante: não estava nem sequer meia sala. Contudo, imediatamente nos deparámos com umas caras conhecidas (Turroneros Crew e alguns locais habituais), e logo começamos a sentir na pele, uma vez mais, a excelente hospitalidade dos nossos irmãos galegos. Quinze minutos depois, já toda a gente sabia que os portugueses estavam presentes. Para isso contribuíram os ruidosos abraços e os constantes erguer de copos (Tuga Style parte quê?).
Não os vimos tocar, mas os locais Skull Dog abriram a noite e de seguida os Shaved Dogs (Valência), que começaram a tocar sensivelmente quando entrámos, trataram de aquecer um pouco mais o ambiente. Um Oi! poderoso, que roça levemente o HC, com uma voz também ela muito forte e de uma presença notável, serviu para a rapaziada ir aquecendo o espírito e as vozes.
Já eu tinha perdido a conta às cervejas e aos euros que nelas tinha gasto, quando finalmente tinha chegado a hora. Era a vez dos escoceses mostrarem o que valiam. Hedgy não se apresentara de guitarra em punho, o que me causou alguma surpresa, sendo que subiram ao palco 4 elementos e não os 3 habituais. Um tema foi o que bastou para levarem o pessoal presente ao rubro.
Costuma-se dizer que a idade é um posto e os On File provaram-no bem. Num país que fala uma língua estranha para eles, uma assistência muito reduzida e um som que obviamente não se coadunava com uma banda deste género, estes Tartan boys souberam realmente dar a volta por cima. Com uma energia contagiante, depressa agarraram o público e transformaram, aquilo que inicialmente podia parecer um contratempo, num acontecimento realmente íntimo e familiar.
Foram uns autênticos antípodas do “Rock Star”, falando várias vezes com a audiência, dedicando-lhe imensos temas, sem esquecer, é claro, a pequena trupe de tugas! Temas como ‘Let The Lager Decide’, ‘Another Day In Paradise’, ‘Voice Of The Street’ e ‘The Byrds Don’t Like The Skinheads’ (esta última contou com as duas mulheres tugas em cima do palco), foram autênticos ‘sing-a-longs’.
O clímax estava guardado para ‘We Are The Same’ e ‘Everywhere We Go’ (repetida no encore), o que para quem lá esteve faz todo o sentido dado tratarem-se de duas músicas que apelam muito ao sentido de intimidade e unidade, o que conjugava na perfeição com o ambiente íntimo e familiar que, como já se disse, se fazia sentir na sala.
Após o concerto era altura de beber mais umas cucas e manter (ou se possível elevar) a boa reputação que os portugueses têm pela Galiza. Fugindo um pouco dos pormenores da noite, salienta-se que apesar de terem um voo para apanhar às 8 da manhã, o vocalista e o baixista dos On File ficaram com a rapaziada a beber umas até perto das 6.30! Revelaram-se uns tipos muito amigáveis, acessíveis e simpáticos e ficaram até com vontade de vir tocar a Portugal.
Uma palavra de agradecimento para os nossos irmão Galegos, que uma vez mais nos acolheram muito bem providenciando-nos boa companhia e mais uma bela noite de copos. A todos eles um abraço.
Com pouco mais de um par de horas dormidas, saímos da pensão com o belo do atraso (Tuga Style parte…), e com uma companheira nova cada um, de seu nome RESSACA! Tratar do estômago, que foi tarefa difícil, despedidas finais e arrancar para a terrinha.E foi assim que com a moral levantada e o corpo a dar de si chegamos à terrinha, após mais uma difícil deslocação à Galiza.
Fonte: Hard & Smart
Etiquetas: Anoeta Bar, Concerto, Oi, On File, Shaved Dogs, Skull Dog, Vigo
2 Comentários:
Adorei a descrição do concerto e do roteiro a Vigo, com especial atenção para o pormenor da foto da estação de comboios de Santa Apolónia.
Por Anónimo, Às 1:01 da manhã
essa das "Oi! girls" partiu-me a rir!
AHAHAHAHAHAHAH
Por Anónimo, Às 7:45 da tarde
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