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domingo, fevereiro 12, 2006

Tropel (Banda Oi! Brasil) - Entrevista


1. Podias nos dar um resumo da história dos Tropel. Quem são, que som fazem, as idades e ocupações dos membros?

André: Saudações! O Tropel existe desde meados de 2001, tendo sido idealizado por André , 23 anos, trabalha em uma empresa de saúde (guit/backings) e Marcos, 27 anos, estudante de direito (voc/bat). Já havíamos tocado juntos em outras bandas e tínhamos a intenção de formar um grupo que tratasse de temas rueiros, que reproduzisse fielmente nossas vivências e levasse um som orgulhoso e pogante, influenciado por bandas de oi! e punk rock dos anos 80. Estamos em nossa 4ª formação, sempre mudando de baixistas por motivos diversos. Atualmente, o Manoel (26 anos, segurança) se encarrega das quatro cordas.

Marcos: Particularmente acho que o som do Tropel está situado entre o Oi e o Punk, bem como as letras que retratam muito de nossas vidas, mas preferimos não cair no pedantismo político, já que estamos muito mais preocupados com a emoção e com a diversão, pois somos uma banda de rock n’ roll sem compromissos com verdades absolutas.

2. Qual o material que a banda tem gravado? E como se pode arranjar esse mesmo material?

A: No final do ano de 2002 gravamos 5 músicas próprias, que deram origem a um CD-Demo, o qual foi lançado em 2003 e que recebeu boas críticas, embora não tenhamos divulgado-o muito. Este material pode ser adquirido escrevendo para o e-mail da banda. Nós temos inúmeros outros sons já finalizados além de outras composições sendo desenvolvidas, mas por falta de tempo e dinheiro ainda não realizamos outra gravação. De qualquer modo, damos preferência a fazer boas músicas, com qualidade, a sair gravando asneiras repetitivas.

M: Infelizmente, não tivemos condições de fazer uma boa promoção da demo por diversos motivos, falta de grana, tempo, mudanças na formação, e um pouco de enrolação, mas esperamos poder divulgar melhor nosso próximo material.

3. Para que tipo de público a banda está direcionada e quais as influências do vosso som?

M: Bom essa é minha opinião pessoal, vejo o Tropel como um canal de expressão de nossa poesia urbana, de nossas experiências e sentimentos, então não gosto de determinar um público alvo apesar de que isso sempre acaba acontecendo . Nas apresentações que fizemos o público era basicamente de street punks e skins, além de amigos “normais”. Nosso trabalho expressa muito da cultura punk e skinhead, então acho que o nosso público é esse.As influências variam , pois cada um tem suas preferências, particularmente bandas punks e skins, eu gosto muito das bandas européias, francesas, inglesas, suecas, finlandesas, alemãs, belgas,portuguesas, espanholas, colombianas, etc. Gosto de punk77, oi, RAC, hard core, etc. e de certa forma tudo que escuto me influencia musicalmente

A: Skinheads e street punks a sério, que apreciem um bom street rock’n oi! vibrante, desvinculado de pregações político-ideológicas, e com sentimento rueiro e patriota. Mas também simpatizantes e apreciadores da nossa música. As influência são muitas, veja algumas bandas na resposta para a pergunta 8.

4. Têm realizado muitos concertos? Como está a cena Oi! ai em Brasília. Há ou houve mais bandas originárias da vossa cidade que valha a pena o público portugês conhecer?

A: Em Brasília, não há uma cena Oi!, propriamente dita. Há alguns indivíduos ligados mais por amizade do que por qualquer outra coisa.
Em termos de bandas, existe apenas o Tropel. Houve alguns projetos que caminhavam para consolidar-se, mas que não prosseguiram. Desse modo, tocamos poucas vezes ao vivo, embora em todas elas tenhamos nos divertido bastante, e colocado as botas de muita gente para pogar e agitar! hehehe
Também, não tocamos em shows simplesmente por tocar e não dividimos o palco com bandas que não tenham a ver com nossa!

5. Qual a tendência política da banda ou dos seus integrantes, no caso de a terem?

M: Como mencionei mais acima, a banda não é uma banda política, embora todos temos nossas visões da realidade política de nosso país e do mundo, mas veja bem visão política não tem a ver com ideologia. Temos pontos de consenso, mas também divergências e isso é natural e saudável. Eu não sigo nenhuma linha ideológica, sou um livre pensador e isso me basta para viver. As ideologias só segregam. Nem esquerda nem direita, apenas OI!

A: Não sou adepto de uma tendência política que norteie todos meus pensamentos e atitudes. Obviamente não me alieno do que ocorre à minha volta, e nem deixo de me manifestar quanto ao que me circunda ou de agir contra o que me incomoda ou considero pernicioso. Mas a única bandeira que empunho e honro é a do meu país, nenhuma outra mais.

6. O que vocês conhecem de bandas ou movimento de Portugal? Existe alguma ou algumas bandas que vos agradem aqui da minha terra?

A: Tenho informações por meio de alguns zines, publicações virtuais e alguns poucos contatos. Parece-me que a cena daí é bastante polarizada entre sharps/reds de um lado, e White powers do outro, restando alguns poucos skins apartidários ou somente patriotas. De bandas, conheço e aprecio os Guarda de Ferro, Mata-Ratos, Kú de Judas, e a ClockWork Boys. Gostaria inclusive de conhecer mais a respeito, já que não há entre nossos países a barreira lingüística.

M: Bom pode parecer estranho, mas apesar de sermos duas nações tão próximas historicamente eu não conheço muita coisa de Portugal. Mas tua banda, a CLOCKWORK BOYS é muito boa, fora ela eu gosto de Guarda de Ferro, Mata Ratos e algumas outras que não me recordo no momento, desculpe-me.

7. Planos para o futuro? Têm algum projecto de gravação de novo material?

A: Nosso objetivo em curto prazo é gravar ao menos 12 sons inéditos ainda este ano, pois temos bastante material, e lançar um cd “cheio” no começo do ano que vem. Bem, o que mais uma banda pode querer além de fazer muitos shows com outros grupos que partilhem do mesmo espírito, e gravar vários discos (principalmente vinis hahaha)?!

M: Manter a banda ativa, produtiva e em evolução constante. O que nos tem faltado é estrutura para darmos passos maiores, mas isso será sanado em breve.

8. Quais as bandas brasileiras que vos agradam mais, as do passado e presente? E a nível europeu?

M: Das bandas nacionais as minhas prediletas são o Garotos Podres, Bandeira de Combate, Vírus 27, Skulls, Histeria, Kaos 64, Flicts, dentre outras. Da Europa gosto de 4 Skins, 4 Promile, Lokalmatadore, Oxymoron, Rabauken, Klasse Kriminale, Ultimo Assalto, Paris Violence, Trotskids, Reich Orgasm, Komintern Sect, Condemned 84, Combat 84, Brutal Combat, Last Resort,,Perkele, Ultima Thule, Midgard Soner, dentre muitas outras , que se eu fosse citar todas não haveria espaço.

A: Das antigas bandas da minha pátria, poderia citar Bandeira de Combate, Carbonário, Vírus 27, Contra-Ataque, Histeria, e Patriotas. Atualmente, gostava bastante da Tumulto 64, que me parece ter encerrado suas atividades, Bota Gasta e Skulls.
Das européias, os sempre clássicos Cock Sparrer, Blitz, 4-Skins, Last Resort, Condemned 84,Camera Silens, Collabos, Snix, Herberts, Exploited, Business, Decibelios, Partisans, Böhse Onkelz .
De coisas actuais, On File, Bleach Boys, Völund Smed, Charge 69, Rabauken, Ruin Bois, Templars, etc, etc, etc..

9. Além da banda têm mais alguma actividade em prol do movimento skinhead? Alguma zine ou outras bandas?

A: Tenho o projeto de um skin-zine em parceria com minha mulher, que espero ter alguma novidade para o ano que vem.

M: Bom, eu não me assumo como um skinhead, me identifico muito com vários elementos da cultura punk e skin, e a música que faço está inserida nesse universo. Eu já pensei em desenvolver um zine voltado para o punk e oi, mas eu não tenho tido muito tempo para isso. Mas talvez no futuro.

10. Querem acrescentar algo, deixar uma mensagem aos skinheads portugueses?

M: Agradeço pelo interesse por nossa banda, isso é fundamental para que continuemos nossa luta. A todos os skins, continuem a luta por liberdade, mantenham viva a chama do rock de rua, não se prendam a idéias limitadoras, sejam vocês mesmos. Escutem TROPEL, bebam cerveja, e façam algo pelo que acreditam.

A: Desejo muita força à carecada portuguesa. Sintam-se livres para contatar-nos e trocarmos idéias e materiais. Orgulho & honra aos skinheads


Fonte: Leitor do Blog

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1 Comentários:

  • Tenho o cd da banda e acho o som dos cara muito foda. Parabes guerreiros!

    Por Anonymous Anónimo, Às 7:36 da tarde  

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