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quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Reviews - Hepcat, Komintern Sect e Banlieue Rouge

Hepcat - ‘Push N’ Shove’


O que este último trabalho dos Hepcat nos traz é ritmo q.b. para dançar à moda do ska tradicional. Muitas canções de amor e a sensualidade própria dos sons tropicais fazem deste álbum uma novidade que depressa se tornará num clássico de ska e rocksteady. A recriação que os Hepcat fazem do ska e do reggae tradicionais resulta muito eficaz. Destacam-se, além dos temas instrumentais, a faixa “Prison of Love”, com uma cantora convidada cuja voz dá vida a este hino ao amor; “Tek Dat”, um dos temas mais dançáveis, e “Comin’ on Strong”, com uma voz a fazer lembrar aos incrédulos o quanto o ska tem a ver com soul. Isto sim é que é um disco à maneira. Há uma grande falta de discos deste género, nos dias de hoje. No entanto, não serve para quem tem os pés pesados. É hora de levantar do sofá e pegar na miúda para dançar!

Komintern Sect - ‘Pourquoi tant d’amour?’

Vale bem a pena ter este trabalho na vossa discografia. São 25 poderosas músicas desta banda, infelizmente já extinta. Sinto que este tipo de bandas francesas antigas não têm a divulgação que merecem, mesmo no circuito underground. Por isso, não poderíamos deixar de divulgar este disco que percorre quase toda a carreira dos Komintern. Com muitas músicas para cantar com a malta, destacam-se: “Plus fort que tout”, um hino à amizade; “Dans les tribunes”, para os amantes de futebol, “Les Autres”, contra a hipocrisia, ou temas mais políticos como “Barcelone 1936” ou “Ulster”. Essencial para quem gosta e para quem quer ficar a conhecer.

Banlieue Rouge - ‘Sous Un Ciel Écarlate’

Um sentimento algo saudosista percorre a minha mente ao ouvir este último álbum dos já extintos Banlieue Rouge, grupo canadiano, mais precisamente do Quebéc, responsável por alguns temas essenciais para a cultura Oi! da década de 90. Neste disco, os Banlieue Rouge exploram ao extremo o ambiente negro que já era frequente nos registos anteriores. Reflectem sobre a morte, o fim, o Inferno (talvez num prenúncio do final da banda), a guerra, a raiva, a loucura e outros assuntos que, parecendo ter, aparentemente, muito pouco a ver com o ambiente de rua tão fomentado pela cultura careca, têm tudo que ver com a essência de todos nós. Quem ainda não os ouviu, não se assuste. Todo o ambiente negro criado neste trabalho é transmitido com bastante garra e pretende, não deixar-nos levar pela impossibilidade de controlar o nosso futuro, mas antes revoltarmo-nos ou, pelo menos, dar-nos força para querer agir. Ouçam, por exemplo, a faixa que dá título ao álbum e percebam vocês mesmos. Para os felizardos que conhecem minimamente a língua francesa, este disco pode funcionar como um autêntico manual de compreensão do mundo que nos rodeia. É difícil tentar recomendar apenas algumas músicas, mas aqui vai uma tentativa. Ouçam então: “Aux portes de l’enfer”, em que a voz poderosa de Safwan entra como uma faca nos nossos ouvidos; “Sans reddition”, sobre a indústria musical e os que conseguem recusar fazer parte das convenções do mercado e “Dernier sourire”, um apelo à acção, a não nos deixarmos levar pelas desilusões e seguir em frente com a vida. Se tiverem a oportunidade, ouçam o primeiro álbum, com o título sugestivo de En attendant demain (uma imagem bem mais positiva do que a deste último álbum) e descubram as diferenças.

Fonte:Ricci

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