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quarta-feira, março 15, 2006

MODernices , uma conspiração feita de círculos e setas (Parte II)


Direct Hits, nome retirado de um LP dos The Who, iniciaram-se nas lides discográficas na Whaam e seguiram o seu trajecto pelos anos 80 fora. Tiveram o seu ponto alto com o LP ‘Blow Up’. Aqui observamos a influência que o cinema teve no mundo Mod. Blow Up é um filme de culto de Michelangelo Antonioni. A sétima arte também se aliou ao Mod. Como ponto alto temos a realização e exibição do agora clássico Quadrophenia, filme produzido pelos The Who. Este filme proporcionou a projecção do que era o estilo de vida Mod. Celebre ficou a máxima "Mod a Way of Life". Mas não só a sétima arte influência a geração moderna. Roy Lichtenstein, pintor da escola art-pop, também alimentou muito o espírito criativo no design de algumas capas de singles.

Merton Parkas

Como todo o movimento musical, também o Mod revival teve as suas bandas one hit wonders. Destacaram-se os The Vip's com o ‘Quarter of Moon’ e os Merton Parkas com o single ‘You Need Wheels’.

Mas não só de nomes sonantes se fez o Mod revival. Bandas que não suscitam grandes euforias por parte dos consumistas nem dos média, mas que deixaram excelentes registos, são hoje muito desejados por coleccionadores de vinil. Falo dos Small World, que tinham uma legião de fãs deveras impressionante. O seu clube de fãs chegou a ter mais de 600 sócios. Para a história deixaram dois singles. Um deles, ‘Love is Dead’, foi editado em 1982 pela Whaam (editora de Ed Ball dos The Times).

Seguem-se na lista os Long Tall Shorty com o seu fenomenal single "Win or Lose" produzido por Charlie Harper (Uk Subs), os Circles uma das bandas Mod mais sing-a-long, com refrões de cantar e pedir por mais. Músicas como ‘Summer Nights’ , ‘Billy’ e ‘Opening up’ são disso exemplo.
Não ficando atrás na lista, podemos fazer ainda referência a bandas como os Killermeters, Small Hours (onde sobressaía o som dos teclados, fascínios do beat dos anos 60) e os The Name que que viram censurado, pela editora Dindisc, o título do seu single ‘Fuck Art Let’s Dance’. Para não ferir susceptibilidades nada melhor que trocar o Fuck por Forget, e lá ficou ‘Forget Art Let's Dance’.

Os estilhaços vindos da Grã Bretanha, também se fizeram sentir em outros países como a França, Alemanha, Suécia, Espanha, Austrália, entre outros. Da Alemanha ouviram-se os Time Wasters e os Gents. Em França emergiram os Bikini, Tweed, Foo Flash e Cliché. Na Suécia, existiram os Moderns, os Parka Pop e os Vertex. Da terra dos cangurus havia os Little Murders. Em Barcelona nasceram os Sprays que editaram um magnífico single ‘Te Vere a Las Diez’ pela Flor y Nata, a mesma editora que lançou os Telegrama e os míticos Brighton 64, o maior nome da cena mod espanhola. O Brasil teve como representantes máximos da cultura Mod, os Ira! Destes destacam-se os dois primeiros LP's. Se no primeiro havia a música ‘Ninguém Entende um Mod’, o segundo LP teve como brinde ‘Pobre Paulista’ música contagiante que punha o público em uníssono a cantar o refrão.

Opinião Pública - Contracapa

Em Portugal não se pode dizer que tenha existido bandas Mod revival, embora haja uma que se acercou de uma maneira inconsciente à sonoridade Mod. São eles os Opinião Pública, sendo a música "Ela é Tua" o melhor exemplo, podendo-se encontrar, quer na letra quer na música, os ingredientes mod.

Fonte: André N.

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