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terça-feira, abril 24, 2007

Um Ano De Festas Vespa Gang

Queremos dar os parabéns aos membros do Vespa Gang por tudo o que conseguiram realizar nos últimos tempos. Não haja dúvida que quando um grupo de pessoas se organiza com um objectivo, tudo é possível. A cultura Mod que em Portugal estava 'guardada' na individualidade de uns quantos irredútiveis, expandiu-se por tudo o que era sitio. Bandas, discos, blogs, sites, encontros, artigos em jornais e revistas, etc. O poder da (auto)organização em nome de uma sub-cultura.

Na nossa opinião destacamos três pontos muito importantes no 'renascer' da cultura Modernista em Portugal: - A forte ligação que este 'movimento' manteve e mantém com a música. Power Pop, Ska, Northern Soul, rock, etc. O destaque que estas correntes musicais têm merecido é de louvar. - A ligação que a cultura Modernista manteve com outras sub-culturas e outras correntes estéticas, culturais, etc. Vivemos em Portugal no ano 2000 e não temos de imitar o que de mais negativo existia nesta cultura na sua origem ou nos idos anos 80 do séc. passado. Assim a confraternização desta 'nova' onda Mod / Vespista com Punks, Skins e outras sub-culturas é, na nossa opinião, positiva e enriquecedora para todos. A ligação à cultura vespista e scooterista e a divulgação dentro deste movimento da cultura musical, estética e por vezes social, que há muito já existia por toda a Europa e muitos outros países e zonas do mundo.

Desejamos que este seja o início de uma longa, combativa e festiva vida. Bem hajam!

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sábado, abril 21, 2007

This is England, um filme de Shane Meadows

De Inglaterra chega-nos esta pérola do cinema, a estrear em Abril, mas que pode ser apreciada desde já, com um bocadinho de paciência e procura na internet.


This is England relata a história de um jovem de onze anos, na Inglaterra de 1983, que encontra num grupo de skinheads, liderados pelo caricato Woody, a família perfeita para contrabalançar a sua solidão, resultante da morte do pai na guerra das Falklands e do constante ataque dos seus colegas de escola à sua maneira de vestir (calças à boca-de-sino já não são toleradas).

O filme foi escrito e largamente influenciado pela experiência do realizador Shane Meadows, o que o torna um fiel retrato do país no virar da década de setenta para oitenta, um período difícil para os ingleses, encurralados entre uma guerra externa, nas Falklands, e uma guerra interna, caracterizada pelo crescente desemprego e uma visão cinzenta do futuro, sob a mão dura de Margaret Thatcher.

É neste ambiente desolador que Shaun, a personagem principal, nos é apresentada, após imagens de cubos mágicos, clips dos Duran Duran ou de O Justiceiro, acompanhadas pela música dos Toots & The Maytals.

Aos poucos, a sua convivência com o grupo de skinheads torna-se numa rica construção de identidade social, cultural e sexual. Shaun aprende a apreciar a roupa, a música, as miúdas, o companheirismo, tornando-se num verdadeiro skin.

Tudo corre bem por uns tempos até que surge Combo, após três anos de prisão, cheio de raiva, pronto a abraçar e divulgar os ideais racistas e nacionalistas dentro do grupo de Woody.

Combo provoca uma desintegração que vai ser uma prova-de-fogo não só para Shaun, mas para todos os envolvidos. Quando Combo pergunta a Milky, um dos skins do gang de Woody, de origem jamaicana, se ele se considera inglês ou jamaicano, todos nós nos devemos perguntar até que ponto o desejo de integração num grupo nos pode fazer esquecer as raízes.


Qualquer skin com mais de vinte e cinco anos vai conseguir encontrar referências de sobra à sua própria vivência nos anos oitenta (especialmente tendo em conta que certas coisas chegaram tardiamente a Portugal). Para os mais jovens, vejam com atenção, porque este filme retrata a verdadeira essência do que significa ser skinhead.

Fonte: Devotchka nº1

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