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segunda-feira, outubro 30, 2006

Cro-Mags e Crossover - Uma pequena história

Cro-Mags - Um dos expoentes máximos do Hardcore. Praticantes de um som rápido, duro e rude, misturado com a atitude hardcore. Os Cro-mags eram uma banda que tinham um público composto por pessoal hardcore, SxE, punks, skinheads, metaleiros, apreciadores de música extrema, etc. A própria banda apesar de ser um dos expoentes do hardcore puro e duro é também considerada uma das fundadoras, nos meados dos anos 80, do que se apelidou de Crossover (em poucas palavras um género de música que mistura hardcore com metal). Bandas que andaram por estas águas, das mais variadas formas, desde a mistura destes estilos musicais, forma de vestir, ideias político-sociais, atitude, etc, foram: Black Flag, S.O.D., Carnivore, Metallica, Cro-Mags, The Accused, Pantera, D.R.I., M.O.D., Anthrax, Corrosion of Conformity, Suicidal Tendencies, Sheer Terror e Agnostic Front. Em Inglaterra tivemos ainda um pouco dentro desta área, mas com um som mais extremo a entrar no Grindcore, os Napalm Death. Os D.R.I. talvez tenham sido quem mais popularizou este estilo de música ao lançarem, no fim dos anos 80, um disco com o nome de ‘Crossover’. Da mesma banda e na capa do disco Thrashzone pode ver-se, em BD, o público que representava a cena Crossover (punks, skinheads, metaleiros , casuais e todo o tipo de integrantes de cultura das ruas). Os Skinheads também fizeram parte dessa ‘nova’ onda.

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Adeptos do Celtic não deixarão Fehér caminhar sozinho

Os adeptos do Celtic de Glasgow prepararam uma homenagem ao malogrado Miki Fehér, para a deslocação da formação escocesa ao Estádio da Luz, no próximo dia 1 de Novembro, na 4ª jornada do Grupo F da Liga dos Campeões.Sensibilizado com a trágica morte do avançado húngaro, em 2004, um grupo de adeptos promoveu uma iniciativa que passa pela apresentação de uma faixa de oito metros, durante o encontro. A mítica frase «You will never walk alone» será traduzida para português e, após o apito final, a faixa será entregue aos benfiquistas.Os fundos excedentes, recolhidos para esta iniciativa, serão doados a um hospital de Lisboa. «É um gesto fantástico dos nossos adeptos e um exemplo do que são os adeptos do Celtic. A sua conduta na Europa já foi reconhecida pela UEFA e FIFA, que lhes atribuíram dois prémios de Fair Play», disse o director executivo do clube, Peter Lawell.

Fonte: Megafone / Mods SLB

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TBI Get Off The Air - Estádio das Antas


Ora aqui está uma excelente utilização do título da faixa dos Dead Kennedys para um protesto do mundo do futebol. Um adepto protesta contra a maneira como a TVI aborda certos temas relacionados com o futebol. Não temos mais informação sobre o porquê realmente do protesto, mas de qualquer maneira ficam aqui os nossos parabéns a este adepto pela espontaniedade, e originalidade com que expressou o seu desagrado. A frase-música original de autoria dos Dead Kennedys era 'MTV Get Off The Air' e foi aqui transformada para 'TBI Get Off The Air'. Está lá tudo! O símbolo dos Dead Kennedys, o da TVI, a frase trocada, A letra V pela B, a crítica...cinco estrelas!

Fonte: Megafone

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quarta-feira, outubro 25, 2006

Resistance 77 e Retaliator! - Novos discos em Novembro

Ficam aqui as capas dos dois próximos lançamentos da editora Camden Town. Ambas as bandas são inglesas. Os Resistance 77 já se podem considerar uma banda veterana e clássica da cena Punk/Oi! mundial. Os Retaliator são uma banda mais recente, mas já com alguns anos de estrada. Esta última banda actuou em Portugal à uns anitos atrás, no Ritz, em conjunto com os Mata Ratos.

Os lançamentos serão os seguintes: Um EP dos Resistance77 com o sugestivo título 'True Punk & Oi! will never die' e um 10'' dos Retaliator em jeito de aniversário '10th anniversary Ep'

Estes discos têm lançamento previsto para o próximo mês de Novembro. Deixo aqui o link da editora-distribuidora Camden Town. Lá podem encontrar mais informação de todos os lançamentos deste selo espanhol. Muitas reviews de discos, livros, zines de outras editoras. Podes ainda encontrar algum material interessante na sua distribuidora.

Fonte: Camden Town

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Cropped Heads - A história de um livro


A ideia de publicar um livro de fotografias nasceu por volta de 1995, quando, graças aos meus contactos, andava a receber fotografias de skins de todas as partes do mundo. Por essa altura comecei a tirar fotografias em concertos e em todos os lugares onde ia. Iniciei também em 1996 a fanzine ‘Camden Town’. Alguns anos após ter iniciado a minha colecção de fotografias, já tinha pelo menos 800 fotos. Por essa altura eu e o Xose tivemos a ideia de fazer uma fanzine de fotografias já que não tínhamos dinheiro para publicar um livro profissional. Após termos editado 2 números da photozine ‘Cropped Heads’, recebemos uma proposta interessante da Street Music Publishing (divisão da Bronco Bullfrog) que parecia interessada em editar o livro. Após vários anos de espera, mentiras e promessas não cumpridas, chegamos à conclusão de que afinal eles não estavam interessados em trazer o livro à luz do dia. Então contactamos a Flashware e enviamos ao Geert o nosso material. Graças ao seu trabalho conseguimos então oferecer a todos os interessados as melhores fotografias retiradas de uma colecção de mais de 1000 imagens. Nesta era de Internet, pensamos que é muito importante que parte da nossa cultura esteja estampada em livros, já que será isso que as próximas gerações irão conhecer.

Estrella & Xose - Junho 2003


Este livro é a segunda parte de uma série de livros de fotografias editados pela Flashware (Bélgica). O livro contém centenas de fotos da cena Skinhead internacional desde os anos 80 até ao nossos dias. São 164 páginas em formato A4. Capa e contracapa a cores. Seis capítulos: People & Crews; On the Booze; Skinhead Girls, Skinhead Tattoos; Bands & Gigs e The Real World, assim como poemas (por Pete Retaliator) e desenhos (por Ray Bulldozer)

Fonte: Camden Town

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Skinhead Girls Photobook - Novo Livro

Para todos os apaixonados pela cultura skinhead, mais propriamente por raparigas skinhead, correm bons dias. Ultimamente têm sido editados uma série de livros de fotografias dedicados à cultura skinhead. A acrescentar a esta 'febre' editorial a editora - distribuidra Camden Town (Espanha) lança mais um livro de fotografias 100% dedicado às meninas carecas.

Para os interessados/as fica então a informação de que o livro já se encontra à venda desde o passado dia 1 de Outubro. O preço é de 12 euros. Esta é uma edição limitada a 500 cópias. Junto com este álbum fotográfico vem um poster A3. O livro é composto por fotografias de raparigas skinhead de todo o mundo. A distribuição será feita através do site especialmente criado para promover este livro. Poderá também ser encontrado à venda em algumas distribuidoras europeias.



Fonte: Camden Town / Skinhead Girls Photobook

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sexta-feira, outubro 20, 2006

Concrete Jungle - Festival Punk Oi!

Ora ai está mais um grande festival. Concrete Jungle - 3 Day Punk Festival é o nome escolhido para uma grande reunião de bandas Punk- Oi!

O festival realiza-se entre os dias 20 e 22 de Abril de 2007. Os interessados têm quase seis meses para se organizarem para irem a Inglaterra.

Até ao momento já estão confirmadas as seguintes bandas: The Exploited, Cockney Rejects, Anti-Nowhere League, Discharge, The Business, Chelsea, The Crack, Last Resort, Peter and the Test Tube Babies, G.B.H., U.K. Subs, 999, The Lurkers, Abrasive Wheels, The Riffs, Deadline, Argy Bargy, Goldblade, Perkele, Resistance 77, Section 5, Vice Squad, Foreign Legion, Picture Frame Seduction, Demob, Guns on the Roof, Neville Staples, The Beat. E o cartaz ainda não está fechado...

A seguir aos concertos a festa não acaba. A noite continua com dj's a bombar Northern Soul e Ska.

Para mais informações: Datas, bandas, preços, estadia, viagem, novidades... segue este link: Concrete Jungle - 3 Day Punk Festival

Fonte: Jack The Lad Productions / William Hill is Fuckin' Skill

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domingo, outubro 15, 2006

Skinheads de Lenine - Red Skins Portugal

Esta reportagem, publicada do passado mês de Junho, foi retirada do jornal 8ª Colina, propriedade da Escola Superior de Comunicação Social, que sai trimestralmente como suplemento do jornal ‘O Público’. Convém esclarecer, mais uma vez, que este blog não está alinhado com nenhuma corrente político-partidária, dentro ou fora da cultura skinhead. Identificamo-nos com a cultura tradicional skinhead. De qualquer forma não deixaremos de publicar notícias, artigos, entrevistas, etc que abordem a cultura skinhead, mesmo que estritamente do ponto de vista político.

Não vamos colocar aqui todo o artigo. Colocamos apenas alguns parágrafos ou excertos. Para leres a totalidade do trabalho clica aqui: Skinheads de Lenine

‘Paulitus caminha sem pressa pelas ruas da cidade tranquila. Traja um blusão e umas botas à militar, apesar do calor. O pescoço distendido, o sorriso suspenso, toda a linha firme do seu corpo, espadaúdo, possante. Arrasta os pés, mas sem desânimo. Pesa-lhe nos olhos o denso rescaldo de uma noite libertina e vaga. Ao virar de cada esquina, o sorriso alarga-se, a mão estende-se para cumprimentar quem passa, numa troca de palavras serena e prazenteira. Combinam-se “uns copos” e uma ida ao futebol. Quem o vê assim, passeando tranquilamente pela cidade, não imagina que Paulitus, 35 anos, segurança numa fábrica, é perseguido por boneheads (skinheads neo-nazis) há anos. À primeira vista, nada o distingue daqueles a quem chama “o inimigo”: a mesma cor de pele, a mesma ausência de cabelo, o mesmo estilo de calça arregaçada, o mesmo ar rebelde. Mas um olhar atento facilmente descobre indícios de outra ideologia: as botas de cano alto têm atacadores vermelhos e o blusão esconde a foice e o martelo estampados na t-shirt que traz vestida. Num crachá preso ao peito, letras amarelas sobre fundo vermelho formam a palavra “ redskin” (‘careca’vermelho). De grandes olhos castanhos, com longas patilhas cobrindo-lhe parte das faces, Paulitus acumula a condição de militante do Partido Comunista Português (PCP) com a de coordenador da RASH (Red & Anarchist SkinHeads) Unida Galiza-Portugal, secção luso-galega de uma organização internacional de skinheads anarquistas e de esquerda. É skinhead e é comunista. Gosta de futebol e de música ska. Usa suspensórios e t-shirts de Lenine. Rapa o cabelo e chorou a morte de Álvaro Cunhal. A crescente identificação dos ‘cabeças rapadas’ com a extrema-direita levou outros adeptos da cultura skinhead a organizarem-se para demonstrar que pode ser-se skin sem se ser racista ou partidário do nazismo. Na realidade, “os verdadeiros skinheads não têm preconceitos raciais, até porque o movimento nasceu de uma fusão de culturas entre imigrantes negros jamaicanos e operários brancos dos subúrbios de Londres”. Fundada em 1993, em Nova Iorque, a RASH é hoje constituída por 126 secções, dispersas por 66 países da América, Europa e Ásia. Contra o fascismo, o capitalismo, o Estado, a sociedade de classes, a exploração do homem pelo homem e o preconceito em todas as suas formas, propõem-se “repor a verdade acerca da cultura skin”, retomando a sua “origem proletária e multi-étnica”. O anti-racismo vem por arrasto. “Obviamente, não podemos aceitar que pessoas maltratem outras apenas pela cor da pele. Combateremos sempre todo e qualquer indivíduo, grupo ou instituição que perfilhe, explicitamente ou não, essa atitude”.’

‘Paulitus não esquece o dia em que se tornou redskin. “Foi há 20 anos. Eu era punk e conheci um grupo de franceses muito estranho, que apareceu num Fiat Punto roubado. Eram quatro ou cinco tipos, muito limpos, de botas impecáveis e tshirts com grandes foices e martelos”. Um prodígio de imagem e de ideias. Curioso, não pôde deixar de meter conversa. Não fumava, mas foi-lhes pedir um cigarro. “Eu já era músico, era baterista em bandas de metal e punk, mas andava sempre sozinho”. Não tinha ninguém com quem se identificasse, ele próprio um adolescente em luta aberta contra o mundo. Andava vestido de uma forma estranha e veio a descobrir que se vestia exactamente como eles: a t-shirt com a foice e o martelo, os blusões de ganga a que se rasgavam as mangas e em que se cosiam emblemas nas costas. “Eu metia símbolos ‘ red’ sem saber o que era. Na altura, ainda não havia Internet. Nunca tinha sequer ouvido falar em redskins”.’

‘A secção que abrimos recentemente em Pequim também está com muita força. São cerca de 180 reds e têm duas bandas”. Na Europa, há algumas secções mais orientadas para a anarquia ou o anarco-sindicalismo, como é o caso da RASH-Paris. “À frente das manifestações estudantis que decorreram em França, estiveram sempre membros da RASH. Se eu olhasse bem para as imagens, facilmente os identificava”.’

‘Paulitus faz parte do Partido Comunista Português desde os três anos de idade. “Depois do 25 de Abril, o meu pai pôs-me logo nos pioneiros”. Cresceu dentro do PCP. “O Partido é a minha casa”. Ainda adolescente, alistou-se na Marinha, onde foi militar durante cinco anos e meio. Mal esperava vir a criar o ‘Linha Dura’, um grupo - entretanto extinto – de seguranças especilizado em eventos culturais. “No primeiro festival do Sudoeste fui eu quem lá meteu seguranças. Era pessoal ligado à RASH. Temos a particularidade de toda a gente nos convidar para fazer segurança, até o próprio Partido”. Ajudou a trazer “grandes bandas” à Festa do Avante, como Betagarri, Banda Bassoti, Inadaptats, Skarnio e Peste&Sida. Sempre funcionou de uma forma militante, “ou era pago em cervejas ou não era pago”. Para escapar ao ódio corrosivo dos boneheads, teve de vender a casa onde viveu durante anos em Almada. “Como esses meninos sempre foram uns imensos cobardes, vingavam-se com pinturas na minha porta. E a minha mãe, que até era católica, não achava muita piada aos telefonemas às seis da manhã a chamarem-lhe puta bolchevique”. Foi 28 vezes vítima de agressão. “Posso dizer que sou um refugiado político.’

‘Na cidade que escolheu para viver, conta com o apoio de 30 redskins. “O pessoal mais ‘entradote’ começa a reparar em nós, a conviver connosco, e mais cedo ou mais tarde começamos a vê-los com umas botas, com as calças arregaçadas, o cabelo vai desaparecendo... Temos tido algumas surpresas, desde trabalhadores negros da construção civil a estudantes universitários”. E há muitos jovens que ainda não se atreveram a aproximar-se. “Têm vergonha porque nós tornamo-nos uma espécie de mito.’

Fonte: 8ª Colina / Público

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